Aprisionado e exigido que prestasse homenagem aos deuses.
Diante do tribunal, São Januário foi reprovado pelo pró-consul Timóteo, que lhe apresentou a seguinte alternativa: "Ou ofereces incenso aos deuses, ou renuncias à vida".
—"Não posso imolar aos demônios, pois tenho a honra de sacrificar todos os dias ao verdadeiro Deus"-respondeu com altaneria o santo Prelado, referindo-se à celebração eucarística.
Irado, o pró-consul ordenou que o santo Bispo fosse lançado imediatamente numa fornalha ardente. Mas Deus quis renovar em favor de seu fiel servo o milagre dos três jovens israelitas, atirados também nas chamas, de que fala o Antigo Testamento. São Januário saiu desta prova do fogo ileso, para grande surpresa dos pagãos.
O tirano, atribuindo o prodígio a artes mágicas, ordenou que São Januário e mais seis outros cristãos fossem conduzidos a Puzzoles, onde seriam lançados às feras na arena.
No dia marcado para o suplício, o povo lotou o anfiteatro da cidade. No centro da arena. São Januário encorajava os companheiros: "Ânimo, irmãos, este é o dia do nosso triunfo, combatamos com valor nosso sangue por Aquele Senhor, a quem devemos a vida".
Mal terminara de falar foram libertados leões, tigres e leopardos famintos, que correram em direção às vítimas. Mas, em lugar de despedaçá-las, prostraram-se diante do Bispo de Benevento e começaram a lamber-lhes os pés. Ouviu-se então um grande murmúrio no anfiteatro, que reconhecia não existir outro verdadeiro Deus senão o dos cristãos. Muitos pediram clemência. Mas o pró-consul, cego de ódio, mandou decapitar aqueles cristãos.
Fonte: Na luz Perpétua, 2ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas Gerais, 1935
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