Dia da Santa: 06 de março
Não cabe à pedra escolher o lugar que deve ocupar no edifício. Assim também não cabe a nós, criaturas, ditar ao Criador o que deve acontecer em nossa vida, pois Deus é quem sabe e dispõe com sabedoria própria.
Santa Rosa de Viterbo é exemplo de vida consagrada a Deus desde criança a fim de manifestar, com milagres e prodígios, a glória do Senhor. Ela é uma santa de extraordinária precocidade.
Rosa nasceu na cidade de Viterbo, em 1233, de família pobre e humilde; a virtude de Deus tomou conta dela desde criança. Conta-se que tinha apenas três anos, quando Deus se serviu dela para dar de volta a vida a uma tia aparentemente morta. Com sete anos de idade, foi acometida de uma grave enfermidade. O desenlace parecia iminente, quando se lhe apresentou Nossa Senhora que lhe restituiu a saúde e inspirou sentimentos de total consagração a Deus, conforme o espírito de São Francisco de Assis. Desde então, andou vestida com o hábito franciscano aguardando a idade para poder ingressar na Ordem de Santa Clara de Assis.
No mesmo tempo, deu-se uma infiltração de hereges, chamados cátaros, que rejeitavam toda autoridade religiosa. Frederico II, imperador da Alemanha, despótico, prepotente, protetor dos hereges, excomungado pelo Papa Gregório IX, tinha vários adeptos e partidários na cidade de Viterbo, que vivia dias de agitação.
Sob a inspiração de Deus, Rosa, menina de doze anos, tomou parte ativa contra as maquinações do imperador e contra os hereges. Ela andava pelas ruas da cidade com seu hábito franciscano, pregando a fidelidade ao papa, contra o imperador. Carregava nas mãos uma imagem de Jesus e de Nossa Senhora, convidando o povo à oração e à penitência dos pecados. Subia sobre um montão de pedras ou nos degraus das praças a fim de ser vista e, com sua voz débil, mas incisiva, cativava o povo que acorria numeroso. Deus dava força, coragem à pequena missionária e lhe corroborava a palavra com numerosos milagres.
Os partidários do imperador muito se importunaram com esta menina tão atrevida e tudo fizeram para bani-la da cidade, até que conseguiram. Mesmo exilada, continuou sua cruzada de resistência ao imperador e aos hereges até que teve a percepção profética da morte de Frederico II, dois dias antes que chegasse a notícia oficial. Então voltou para Viterbo, sendo acolhida triunfalmente pelo povo.
Atingindo os dezesseis anos, pediu sua admissão entre as clarissas, mas as irmãs recusaram aceitá-la. Esta, contudo, predisse que a aceitariam após sua morte. Assim se verificou. Rosa faleceu com dezoito anos, em 1253. Seu corpo, por vontade do Papa Alexandre IV que se encontrava em Viterbo, foi enterrado na igreja das Irmãs Franciscanas de Santa Clara.
Duas festas são celebradas cada ano, em Viterbo, em honra da santa e com festejos folclóricos. Há vários séculos é levada em procissão uma artística torre representando em suas facetas os principais fatos e milagres desta santa tão extraordinária.
Fonte: www.filhosdapaixao.org.br
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