Dia do santo 14 Maio
Bonifácio tinha vivido em relações ilícitas com Aglaé, sua chefa, mulher rica e de nobre descendência.
Aglaé sentiu depois de muitos anos de má vida sentiu a necessidade da graça divina, recomendou a Bonifácio que fosse buscar relíquias de mártires no Oriente, para assim ajudar na salvação.
Bonifácio disse a Aglaé: “Se for possível obter dar-te-ei. Mas, se em vez das relíquias de outros, te trouxeste meu corpo, como corpo de mártir quererias recebê-lo?”
Bonifácio que tinha qualidade de hospitaleiro e dava grandes esmolas para os pobres.
Ao chegar em Tarso e vendo mártires sendo torturados abraçou-os com caridade e exclamou: “Grande é o Deus dos Cristãos; Grande é o Deus dos mártires. Peço-vos servos de Cristo, que me alcanceis a mesma coragem para que eu possa vencer o demônio e ter parte na vossa glória” e continuou a exorta-los.
O juiz tendo noticia do procedimento de Bonifácio, mandou-lhe chamar a sua presença e o intimou a queimar incenso aos deuses. Bonifácio disse: “Já sabes que sou Cristão e aos demônios e ídolos não presto homenagem, faze o que entenderes, aqui está o meu corpo”.
Segui-se então a um martírio horroroso. Que deixaram alguns dos ossos de Bonifácio expostos. O juiz continuando a intimar Bonifácio a sacrificar aos deuses. Bonifácio respondeu lhe novamente. E em seguida pediu auxilio a Jesus e pediu aos outros mártires: “peço-vos servos de Jesus Cristo, que rogueis por mim”.
Os mártires responderam: “Nosso Senhor Jesus Cristo mande seu anjo e livre-te das mãos deste ímpio juiz.” Levantou-se um grande tumulto e a muitos começaram a falar: “Grande é o Deus dos cristãos e dos mártires. Cristo filho de Deus salvai-nos! Em vós refugiamos! Morram os deuses dos pagãos.” O povo destruiu o altar pagão e atirou pedra contra o juiz e seus algozes que fugiram.
Simplicio tornou a citar Bonifácio e condenou a o azeite fervente, Bonifácio fez o sinal da cruz e no mesmo momento um anjo desceu do céu e frustrou a obra do ímpio, tomado de susto Simplicio deu a ordem para que Bonifácio fosse executado pela espada e assim aconteceu.
Fonte: Na luz Perpétua, 2ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas Gerais, 1935.
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