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O Milagre de Garabandal

Desde julho de 1961, os espectadores recomendam às meninas que peçam à Virgem um grande milagre, capaz de convencê-los a crer nas suas aparições sem qualquer sombra de dúvida. As meninas apresentam esta súplica, e cada vez com mais insistência, tanto ao anjo quanto à Virem. E notam que cada vez o rosto dela se torna bem sério, como se lhe repugnasse manipular o prodígio, seja porque o milagre interfere de certa maneira na liberdade do homem (diante do qual, este geralmente não tem outro remédio a não ser inclinar-se), seja porque obriga Deus a abrir uma exceção na ordem das coisas por ele mesmo estabelecida. Em cada ocasião ela responde: "acabarão acreditando". Não obstante, promete uma série de sinais, a maioria das vezes de natureza estelar, que culminarão com um de maior ressonância: o da hóstia visível, já conhecido.

Na noite de 5 de agosto de 1961, os presentes ouvem Mari-Cruz em êxtase falar: "Veja, a gente não crê... Crê apenas que estamos loucas ou somos umas tontas. Vamos, faça um milagrezinho! Nem que seja pequeno, para que creiam. Nem que seja deslocar três estrelas".

A senhora Fernández, naquele dia presente em Garabandal com seu filho afetado de paralisia infantil, conta: "Diante do espanto geral, porque a maioria ignorava a causa daquilo, três estrelas fugazes atravessaram juntas o firmamento". Cruzaram-se, nos dizem outras testemunhas. Nos dia 8 de agosto do mesmo ano, ouve-se Conchita dizer, em êxtase: "Sabe o que comentam? Que deve dar uma prova... Em Lourdes e Fátima, a senhora deu uma prova". E Loli: "Dê uma prova neste momento! A Senhora sempre diz que a dará, que virá para dá-la".

Todos estes pequenos prodígios, assim como os sugeridos daí por diante, vistos apenas por um número restrito de testemunhas, não são mais do que sinais anunciadores do Grande Milagre, que será visto por milhões de pessoas. "A Virgem anunciou-me um grande milagre - condia Conchita ao seu Diário -, que Deus via fazer por intercessão dela. Como o Castigo será muito grande, também o Milagre será muito grande, tal como o mundo necessita".

Nestas breves referências encontramos a "promessa de um fenômeno visível e sobrenatural, de que o mundo precisa tal como de pão para a boca. O mundo precisa ser abalado nos seus fundamentos racionalistas e positivistas, no seu orgulho tecnológico imbatível. O Milagre responde a essas necessidades e parece apontado à reconversão dos homens, à reconsideração do seu nada diante dos prodígios de Deus", observa o autor de Garabandal, continuação de Fátima.

"O Milagre de Garabandal - explica a vidente a uma família francesa - será muito maior, muito mais empolgante que o de Fátima. As pessoas que o presenciarem ficarão tão desconcertadas, que nenhuma sairá com dúvida. Seria necessário que o mundo inteiro estivesse presente ao Milagre, porque então não haveria seguramente o Castigo, já que todos creriam".

Em conversa com Sánchez-Ventura, levanta a ponta do véu que encobre a natureza do Milagre: "Aparecerá no céu um sinal, tão característico e espetacular, que ninguém poderá negar a realidade do prodígio".

Durará uns 15 minutos e acontecerá às 8 e meia da noite, hora em que o anjo apareceu pela primeira vez. Dele ficará uma marca, um sinal visível permanente nos pinheiros, que provará não Ter sido feito por mãos humanas. Estará à disposição de todos os tomés que ainda precisam ver para crer. "Será semelhante a uma coluna feita de uma substância desconhecida, visível mas não palpável. Poderá ser fotografado, filmado, televisionado. Ver-se-á que não é coisa deste mundo. Poderá presenciá-lo todos os que estiverem no povoado e arredores. Os doentes que encontrarem na vila serão curados. Terá lugar numa Quinta-feira, coincidindo com a festa de um jovem mártir da Eucaristia.

Trata-se, como se vê, de um fenômeno de dimensões planetárias, "o maior milagre já realizado por Cristo em favor da humanidade". Nem no Antigo nem no Novo Testamento encontramos prodígios de uma tal magnitude, nem no tempo, nem no espaço. Será um daqueles sinais anunciados pelo profeta Joel para os tempos finais: "Realizarei prodígios no céu e na terra, sangue, fogo e colunas de fumaça" (Joel 3,3-4) e confirmado por Pedro diante do Cenáculo (At2,14-21).

Conchita lhe conhece exatamente a data e a comunicou ao papa Paulo VI, ao confessor dele e ao cardeal Ottaviani, então prefeito do Santo ofício, hoje Congregação para a Doutrina da Fé, e a mais duas pessoas, cujos nomes não revelou.

O Milagre ocorrerá menos de um ano depois do Aviso. Oito dias antes, Conchita começara a divulgar a data. "Com toda a probabilidade - explica à revista "Needles", - à meia-noite avisarei Joey, a rádio, a televisão e a todas as pessoas que, no mundo inteiro, eu sinta capazes de ajudar a divulgar a notícia rapidamente. Não tenho qualquer receio a este respeito. Sei que se a Virgem te quis ali, ali estarás... A Virgem não mente jamais... Ela disse: te dei tudo o que precisavas; te dei tudo o que podias desejar. Tudo está preparado para chegar ao fim da mensagem".

Extraido do livro: Garabandal os Tempos Finais, de Olivo Cesca

O AVISO e CASTIGO

Autor:

Data: 10/03/2011
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