A Bíblia católica ou evangélica diz:
“Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes”.
(Mt 6,7-8)
A chave para entender esta passagem não está na palavra "repetições", mas na palavra "vãs". Entende? A oração do terço se baseia na repetição de Ave-Marias e Pais-Nossos, mas jamais tais orações serão vãs, ou seja, despropositadas e orgulhosas, se devidamente proferidas.
São Paulo nos diz para "orar sem cessar" (cf. 1Ts 5,17) e que nós oremos "sempre e por tudo" (Ef 5,20). Como, então, fazer isso? Segundo algumas versões, foi praticando exatamente este "orai sem cessar" que nasceu o terço. Nos mosteiros antigos praticava-se a leitura de todos os salmos,
todos, ao longo de um dia inteiro. Assim os monges poderiam "orar sem cessar".
Sem contar, também, as expressões de louvor, repetidas à exaustão, de quase todos os protestantes neopentecostais ("Aleluia! Glórias a ti, Senhor!, etc"). Não creio que eles, que gritam sem cessar tais expressões, consideram isto como "vã repetição". Outro exemplo de repetição de uma oração está no
Salmo 136. Leia e conte quantas vezes aparece o verso "porque o seu amor é para sempre". O que desagrada a Deus não é a repetição da oração, mas como ela é feita.
Protestantes (evangélicos) também rezam o terço, saiba mais sobre o terço luterano:
http://archive.elca.org/communication/rosary.html
Adaptado de Veritatis.com.br
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