Primeiro, estar em estado de graça (confessado e redimido do pecado grave).
-Humildade sincera, baseada em uma parte na grandeza e santidade de Nosso Senhor, e por outra, em nossa baixeza e indignidade “Senhor eu não sou digno...”. Essa posição é a que produz um vácuo em nossa alma desapegando ela do orgulho e outros maus sentimentos [1].
-Deve haver um desejo ardente que cultivamos antes, um anseio que cultivamos ao saber que Ele é o nosso grande amor que nos preenche por inteiro. E que é o Senhor de todas as curas e doenças. É a salvação tão esperada que Simeão levou anos para vê-lo, e que não morreria sem antes o ver: “Porque os meus olhos viram a vossa salvação” (Lc 2,30).
-Ansiar a Eucaristia antes da Missa e durante a Missa.
-Ao sentir-se indigno de receber, não se pode usar isso como desculpa para pouco rezar como se Jesus tivesse fechado a comunicação com a alma, mas que na verdade se precisa de um recolhimento para Deus agir na vontade, imaginação e todo ser da pessoa.
-A luta em tentar esquecer dos os desejos, afazeres e distrações, doando-as a Jesus. Doar a Jesus significa que você vai esquecê-las no momento, renunciando a elas independente do medo de perde-las.
Ao receber:
-Sentir-se templo do Espírito Santo, que o corpo ao ser templo deste recebe a segunda pessoa da trindade havendo harmoniosa habitação da Trindade.
Relatam de Elizabeth da Trindade:
Havia nos seus olhos “um não sei quê de luminoso que irradiava”, a sua doçura refletia-se-lhe no olhar extraordinário e luminoso... a pureza transparecia-lhe no olhar”. A Senhora Hallo confirmará o esplendor do olhar de Elisabeth da Trindade, especialmente quando voltava da comunhão: “nunca poderei esquecer o seu olhar. “O rosto de Elisabeth, quando voltava da comunhão, não se pode explicar”.
Creio que não há nada que nos manifesta tanto o amor que está no coração de Deus como a Eucaristia. É a união consumada, é ele em nós e nós nele; e não lhe parece que isto é o céu na terra?
(Elizabeth da Trindade)
-Geralmente, pessoas ou situações que se precisa resolver é lembrada e passada pelas mãos de Jesus. Jesus pode estar a resolver algo ou você precisando de luz para algo, mesmo assim não é bom que isto tome todo o tempo de adoração, não se fica resolvendo problemas nessa hora, mas se elevando ao sublime.
“O ideal é atingido quando rezar quer dizer: amar. ‘Quando o amor de Deus e oração coincidem’ (Lekeux). ‘A melhor oração é aquela em que há mais amor. Quanto mais se ama a Deus, melhor se reza’ (Foucauld). E o melhor método de rezar é ainda aquele do camponês de Ars. Interrogado sobre o que dizia a Jesus nas longas horas de adoração ao Santíssimo, respondeu: fico olhando para o bom Deus e ele fica olha pra mim. Disse com muita graça o biógrafo de São Francisco de Assis (Celano), ‘ele não rezava, mas era todo oração’.”
(Manual de Teologia mística e ascética, Pe João Betting)
Irmã Lucie Christine, +1908 (mística)
“Jesus queixa-se que quer dar-se na comunhão, mas muitas vezes só encontra corações estreitos... está sobre o altar de braços abertos, mas a maioria não responde ao convite. E ele vê-se forçado a reter os tesouros de amor e de graças que tanto deseja poder distribuir.”
“Paz no fundo da alma. Mas, no mais, uma angústia indizível. Muitas vezes é assim, quando ofereço a comunhão em desagravo ou pela salvação das almas.”
Monjas dominicanas, na primavera do seu amor por Cristo, dão testemunho:
Benedita de Egisheim sente, após a santa comunhão, o sangue de Jesus qual um rio caudaloso a invadir todo o seu corpo, purificando seu íntimo de todos os vícios.
[1] Tanquerey, Adolph, A Vida Espiritual comentada e explicada, 2007.
Um conselho é não desprezar a vivência, o que ocorreu na Missa e Eucaristia, para que continue uma intimidade com Jesus.
Sinaisdostempos.org
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