Essa formação serve tanto para aqueles que estão indecisos sobre um grupo de oração, aplicado preferencialmente aos grupos da RCC. E vai servindo de resposta também a aqueles que gostariam de saber o porquê viver em uma comunidade católica da RCC. Os itens abordam tanto a necessidade que tem o homem hoje, quanto os instrumentos vivos que Deus utiliza.
1. Motivam-se a seguirem na prática do evangelho ao verem jovens e outras pessoas da mesma idade e com o mesmo objetivo de seguir sinceramente a Deus.
2. Tem um pastor (que é o coordenador e também diretor espiritual) que acompanha regularmente cada pessoa e incentiva as pessoas na vida de santidade. Não podemos ser clarividentes acerca de nós mesmos, diz São Francisco de Sales, não podemos ser juízes imparciais em nossa própria causa. Por isso a necessidade de alguém bem intencionado que nos diga algo para nossa vida que precisamos.
3. Crescer com experiências pessoais (ação de Deus perceptível na vida da pessoa) que são vividas no grupo e fora dele.
4. Ver a ação de Deus na vida da pessoa e na vida do irmão (testemunhos).
5. Ver o que Deus quer para a vida da pessoa, por meio da “escuta” dos dons carismáticos e sinais perceptíveis na vida que iluminam a busca.
6. No grupo e vida comunitária, há também confirmações do que Deus anda fazendo na vida dela.
7. Fazemos amigos que querem buscar a Deus para que preencham a sede de amizade que temos, e que amigos do mundo preencheriam, lá nós continuamos a ter uma vida normal de qualquer jovem ou adulto (se grupo for de adulto), podendo nascer grandes amizades e até namoro.
8. Fortalecer e fazer amizades, mesmo que a pessoa não veja necessidade, o homem sempre precisa porque é um ser social e precisa sair de grupinhos fechados de amizade que nem sempre nos garantem algo bom. E assim (item 9):
9. Aprender a amar o próximo, o isolamento do ser humano hoje em dia leva a comportamentos anti-sociais. Sair de si, não esperando que outros vão amá-lo: “Há mais alegria em dar do que receber.” (At 20,35)
10. Ganhar forças para orar e caminhar na semana. “Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mt 18,20).
11. Dar a vida pelo próximo, mesmo aos mais solitários que precisam de amigos, seja no grupo ou serviço, aos mais mal humorados, aos que tem pouca vida: “Dar a vida pelos irmãos, assim como Jesus” (1Jo 3)
12. Começo do Espírito missionário. Ninguém sai levando o evangelho sozinho às pessoas ou convoca um evento sozinho ou abre um local de missão em que não há outros para ensinar o evangelho.
Na unidade cristã: “Sede um só corpo e um só espírito” que vai além de qualquer estrutura humana, faz com que caminhemos unidos ao passo que o Senhor chama a todos à santidade: “sedes santos” (1Pd 1).
Preservamos então amizades que possam no fazer nós caminharmos a Deus e tem assim fundamentos verdadeiros, explica São Francisco de Sales [1]: “Quanto mais delicadas forem as virtudes que cultivardes em vosso trato, tanto mais perfeita será a vossa amizade. Se vos comunicardes as ciências, será decerto muito louvável a vossa amizade; mais ainda, se comunicardes as virtudes, tais como a prudência, discrição, fortaleza e justiça. Mas, se a vossa mútua e recíproca correspondência for de caridade, de devoção e perfeição cristã, ó meu Deus, quão preciosa será a vossa amizade! Será excelente, porque vem de Deus, excelente, porque se encaminha a Deus, excelente, porque o seu vínculo é Deus, excelente, porque durará eternamente em Deus. Oh! como é bom amar na terra, como se ama no céu, e aprender a amar-nos neste mundo, como o praticaremos eternamente no outro!”
Já que o homem se desuniu por egoísmo, Deus vai reunir-nos para sermos exemplos de união ao mundo todo. Vinculados à caridade que nos torna cada vez mais semelhantes com o que buscamos que é a imagem e semelhança de Deus. Vendo o amor de Deus no próximo, descobrimos mais a Deus. A amizade sobrenatural, pois, em vez de procurar as familiaridades e carícias, é cheia de respeito e reserva, porque não deseja senão comunicações espirituais.
[1] São Francisco de Sales, Filotéia, Parte III cap. 19.
Angelo Farias
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