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São Tarásio (sec VIII)

Dia do Santo: 25 de Fevereiro

São Tarásio, natural de Constatinopla, foi um dos Patriarcas mas célebres da Igreja oriental. O pai, nobre patrício e bom cristão, teve todo empenho em proporcionar-lhe uma boa educação. O filho satisfez perfeitamente aos desejos e esperanças do progenitor, tanto que, uma vez conhecido na sociedade, era objeto da admiração de todos, por causa do seu saber e belo caráter.

Convidado pelo imperador Constantino V e sua esposa Irene, ocupou o cargo de cônsul e mais tarde de secretário do Estado. Os atrativos do mundo, o brilho de posições elevadas não conseguiram entretanto, ofuscar-lhe a vista. A vida na corte, tão cheia de seduções e escolhos (obstáculos) para a virtude, em nada lhe modificou os sentimentos de piedade e a sobriedade de seu caráter. A todos e em todas as emergências, dava o exemplo de cristão reto.

Havia no Oriente uma seita, que combatia o culto das imagens, chamada a dos iconoclastas. Paulo III, Patriarca de Constantinopla embora merecedor dos maiores elogios, como Prelado virtuosíssimo e caridoso que era, teve a fraqueza de não se opor à perniciosa seita, com a energia que as circunstâncias exigiam, tanto que a opinião de muitos católicos o acoimava como fator da mesma. Uma doença grave, que Deus lhe mandou, abriu-lhe os olhos. Muito arrependido do erro que cometera, renunciou o cargo e retirou-se para a solidão, a fim de fazer penitência. Tão firme ficou nesses propósitos, que amigos íntimos não o puderam demover do intento. Uma visita da própria imperatriz Irene, (esposa de Leão IV) e suas insistências para que voltasse ao cargo, não tiveram melhor resultado.

Paulo tomou o hábito de monge e propôs Tarásio para seu sucessor. A indicação não podia ser mais acertada, apesar de Tarásio se opor com toda a força. Uma das condições principais, sob quais Tarásio tinha aceito o cargo de Patriarca, fora a convocação  de um Concílio, que decidisse a questão das imagens. O Concílio realizou-se em Nicéia, na Bitínia, e o resultado foi anatematização da heresia dos iconoclastas.

Tarásio, na compreensão nítida da alta missão de Bispo e Patriarca praticou as virtudes cristãs, procurando ao mesmo tempo implantá-las na alma do povo. A todos dava o exemplo da caridade prática, convidando a pobreza  para com ele partilhar as refeições em palácio. Esta praxe não teve a aprovação de todos, e houve quem o censurasse por isso, querendo fazer-lhe ver que a caridade assim compreendida e efetuada, não conduzia com a dignidade que representava, como Patriarca. “Minha ambição única, respondia Tarásio, é imitar Nosso Senhor Jesus Cristo, que viveu para servir aos outros e não para ser servido”

Quatorze anos depois da morte de Tarásio, o imperador Leão, amigo dos iconoclastas, viu em sonhos o falecido Patriarca que lhe lançava olhares ameaçadores, dando a um tal Miguel ordem para que o matasse. Em vão procurou Leão descobrir esse Miguel. Seis dias depois foi assassinado por Miguel, o Gago, que se apoderou do trono imperial.

Fonte: Na luz Perpétua, 2ª.  ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas  Gerais,  1935.

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Comentário do Livro:

Veneramos as imagens, por serem representações de pessoas que amamos e veneramos. Venerando uma imagem sacra, mostramos:

1º) o nosso afeto à pessoa por ela representada, como temos amor ao retrato de pessoas queridas;

2º) reanimamo-nos na fé e na imitação das virtudes dos Santos;

3º) excitamos a nossa devoção e o nosso amor a Deus e aos seus santos Servos.

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Data: 04/03/2011
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