Relato de dos videntes de Mediugorie
Em 1981, no Dia de Todos os Santos, Nossa Senhora mostrou aos videntes o
Paraíso. Dizem que o Paraíso é de uma beleza inexprimível, com uma
legião de anjos e de santos.
Naquele dia, Ivanka viu, no Céu, sua mãe e uma pessoa conhecida.
Quatro dias depois, durante uma aparição, Nossa Senhora desapareceu e
diante deles puderam ver o Inferno. Era horrível, indescritível, parecia
um mar de fogo, onde moviam-se figuras negras e estranhas. As pessoas
que lá chegavam tinham o aspecto humano, mas eram, logo, totalmente
transformadas em monstros a blasfemar o tempo todo. Havia gente estranha
com chifres e rabos, repugnantes, todas escuras, como demônios. Viram
uma moça loira com cabelos longos e chifres, sofrendo no fogo, e rodeada
por demônios a saltar. Dois dos videntes, com medo, não quiseram ver.
Nossa Senhora respeitou sua liberdade.
Cerca de quinze dias mais tarde, Nossa Senhora apareceu a Vicka e a
Iakov, na casa deste, dizendo que os levaria ao além. Tiveram medo.
Iakov começou a chorar e a gritar. Dizia ser filho único, não podendo
ir; que a Vicka fosse sozinha. Nossa Senhora nada disse e Se pôs entre
os dois. Olhando para eles, tomou Vicka pela mão direita e Iakov pela
esquerda. Começaram a sair do chão. Atravessaram o teto da casa, que
desapareceu, começando a afastar-se. Parecia que cada vez subiam mais
alto. Logo no início da sua subida, também a terra desapareceu e queriam
chegar logo ao Céu. Eles afirmam ser como diz São Paulo: O que os olhos
humanos jamais viram nem os ouvidos escutaram. Tudo estava inundado por
uma luz esplendorosa: as pessoas, as flores, os anjos. Descrevem o Céu
como um lugar de alegria e muita luz, onde as pessoas, todas jovens e
formosas, passeiam, cantam e rezam. A cor de suas vestes era
indescritível, nas tonalidades amarela, vermelha e branca. Viram muitas
flores e alguns anjos sobrevoando. Tudo estava repleto de extraordinária
alegria. Não podiam ver o fim. Era como olhar para o mar. Onde eles
estavam com Nossa Senhora havia um corredor com uma porta, diante da
qual havia um homem. Nossa Senhora disse-lhes que nem todos podiam
entrar por ela, sendo necessário um salvo-conduto. Todos deviam passar
por um corredor.
O Purgatório, um espaço sombrio, pleno de trevas, entre o Paraíso e o
Inferno, onde mal vislumbrava-se os semblantes pálidos daqueles que ali
se encontravam. Estava cheio de algo parecido com cinza. Era assustador.
Nossa Senhora disse-lhes: ali é o lugar onde as almas se purificam; é
preciso rezar por elas. Somente as nossas orações, sacrifícios e a graça
de Deus podem libertá-las de lá. Tudo aquilo era terrível.
Nossa Senhora explicou: Mostro-lhes o Céu e o Inferno para que vejam a
recompensa preparada por Deus para os que O amam e a punição reservada
aos que O ofendem.
Depois, voltaram para a terra e Nossa Senhora os deixou onde os
apanhara. Despedindo-se deles, partiu, sem ninguém os ver, ao chegar. A
mãe de Iakov, em vão, procurava-o por toda a parte. Iakov estava cansado
e com o rosto inchado. Aos poucos, foram-se recompondo e acalmando. A
mãe de Iakov perguntou-lhes onde tinham-se metido mas, quando viu o
aspecto do filho, começou a chorar. Logo depois tudo voltou ao normal.
Aí chegaram os vizinhos e eles contaram o ocorrido para todos; mereceram
crédito, pois, pelo aspecto dos seus rostos, viram que algo de
extraordinário acontecera.
Miriana conta ter visto no Purgatório pessoas sofrendo até mesmo
flagelos físicos.