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Consequências fí­sicas do aborto

Conseqüências:

Fala-se muito de aborto, poucas vezes, porém, se fala de suas complicações, seus danos e conseqüências. Por essa razão, apresentamos estas observações, para sua informação e reflexão.

Complicações imediatas do aborto, segundo o método empregado.

A - Método da Aspiração

1. Laceração do colo uterino provocada pelo uso de dilatadores.

Conseqüências:

- insuficiência do colo uterino, favorecendo abortos sucessivos no primeiro e no segundo trimestre (10% das pacientes);

- partos prematuros, na 20ª ou 30ª semana de gestação.

2. Perfuração do útero

Acontece quando é usada a colher de curetagem ou o aspirador; mais frequentemente, através do histerômetro (instrumento que mede a cavidade uterina). O útero grávido é muito frágil e fino; pode ser perfurado sem que o cirurgião se dê conta. É uma complicação muito séria.

Conseqüências:

- infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade;

- intervenção para estancar a hemorragia produzida;

- perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas;

- a artéria do útero, nesses casos, freqüentemente, é atingida, criando a necessidade de histerectomia (extirpação do útero), se não for possível estancar a hemorragia.

3. Hemorragias uterinas

Perda de sangue ou fortes hemorragias causadas pela falta de contração do músculo uterino. As perdas de sangue são mais intensas se a gravidez for avançada. Essas perdas são de 200 ml na 10ª semana de gravidez, 350 na 12ª, 450 na 13ª semana...

Conseqüências:

- necessidade de transfusão de sangue;

- ablação do útero, se a hemorragia não for estancada.

4. Endometrite (inflamação) pós-aborto (infecção uterina secundária, decorrente do aborto).

Apesar dos antibióticos administrados antes do aborto; há grande incidência de infecções e obstrução de trompas.

Conseqüências:

- esterilidade

- Gravidez ectópica (fora do lugar apropriado).

5. Evacuação incompleta da cavidade uterina. Necessidade de prolongar a sucção e de fazer uma curetagem imediata.

Danos e conseqüências:

- possibilidade de extração do endométrio (mucosa uterina);

- formação de aderências no interior do útero e, como conseqüência, esterilidade, frequentemente amenorréia (ausência de menstruação);

- possibilidade de placenta prévia na gravidez seguinte, criando a necessidade de cesariana.

B. A chamada Extração Menstrual

É possível que a paciente não esteja grávida.

Pode ocorrer uma extração incompleta (o ovo frequentemente não é extraído, tornando necessária uma curetagem).

C. Método das Laminárias

(tampão esterilizado feito de algas marinhas)

Pode ocorrer que fique preso tornando-se necessária uma histerectomia (extração do útero).

Conseqüências:

- infecções graves por causa da presença de corpo estranho

- as mesmas da histerectomia.

D. Solução Hipertônica Salina (Gravidez de 12 a 20 semanas)

Complicações muito sérias:

- retenção da placenta e hemorragia (50% necessitam de curetagem).

As mesmas complicações que uma curetagem pode produzir, com o agravante de uma possível perfuração do útero e da formação de aderências;

- infecção e endometrite (inflamação da mucosa do útero);

- hemorragia;

- coagulopatia e hemorragia abundante;

- intoxicação por retenção de água; efeitos secundários do soro salino e da pituita que podem causar falhas de funcionamento do coração e morte;

- perigo de entrada de solução salina na corrente sanguínea da mãe com efeitos mortais;

- possibilidade de gravidez mais avançada do que a informada pela mãe e, na ausência de um exame sério, poderia abortar uma criança de 2 quilos ou 2 quilos e meio. Esse tipo de aborto apresenta um perigo dez vezes superior à curetagem. A mortalidade vai de 4 a 22 por mil.

As razões do aborto denominado terapêutico são uma contra-indicação para o aborto através de solução salina.

E. Histerectomia (extração total do útero)

Complicações:

Os mesmos perigos e complicações de toda cirurgia intra-abdominal: hemorragia, infecção, peritonite, lesões da bexiga e dos ureteres. Complicações variadas em 38 a 61 por mil.

Complicações tardias do aborto

1 - Insuficiência ou incapacidade do colo uterino.

2 - Aumento da taxa de nascimentos por cesariana (para permitir que o bebê consiga viver mesmo que prematuro).

3 - Danos causados às trompas por possível infecção pós-aborto, causando infertilidade (em 18 % das pacientes). Maior número de complicações em mulheres grávidas que anteriormente provocaram aborto (67,5% entre as que abortaram e 13,4 entre as que não abortaram).

Dentre todas as complicações, a mais grave é a hemorragia, que transforma a nova gravidez em gravidez de alto risco.

4 - O aborto pode provocar complicações placentárias novas (placenta prévia), tornando necessária uma cesariana, para salvar a vida da mãe e da criança.

5 - O aborto criou novas enfermidades: síndrome de ASHERMAN e complicações tardias, que poderão provocar necessidade de cesariana ou de histerectomia.

6 - Isoimunização em pacientes Rh negativo. Aumento, conseqüentemente, do número de gravidez de alto risco.

7 - Partos complicados. Aumento do percentual de abortos espontâneos nas pacientes que já abortaram.

Conseqüências sobre a criança não nascida

1 - Sobre a criança abortada:

- dores intensas (o feto é sensível à dor);

- morte violenta;

- aborto de crianças vivas que se deixam morrer.

2 - Sobre as crianças que nascem depois

Perigos e complicações:

- abortos de repetição no primeiro e no segundo trimestre de gravidez;

- partos prematuros;

- nascimento prematuro, através de cesariana, para salvar a vida da mãe e da criança. Trinta e três por cento de abortos são abortos em que as crianças nascem em posição invertida (de nádegas).

- parto difícil, contrações prolongadas;

- Gravidez ectópica (fora do lugar) nas trompas, podendo ser fatal para a mãe - para o feto o é sempre - (a gravidez ectópica, nas trompas, é oito vezes mais freqüente depois de aborto provocado;

- malformações congênitas provocadas por uma placenta imperfeita;

- morte perinatal por prematuridade extra-uterina (50% morrem no primeiro mês de gravidez);

- os prematuros que sobrevivem com freqüência são excepcionais (paralisia cerebral, disfunções neurológicas etc.).

Conseqüências psicológicas

a) Para a mãe:

- queda na autoestima pessoal pela destruição do próprio filho;

- frigidez (perda do desejo sexual);

- aversão ao marido ou ao amante;

- culpabilidade ou frustração de seu instinto materno;

- desordens nervosas, insônia, neuroses diversas;

- doenças psicossomáticas;

- depressões;

O período da menopausa é um período crucial para a mulher que provocou aborto.

b) Sobre os demais membros da família:

- problemas imediatos com os demais filhos por causa da animosidade que a mãe sofre. Agressividade - fuga do lar - dos filhos, medo destes de que os pais se separem, sensação de que a mãe somente pensa em si.

c) Sobre os filhos que podem nascer depois:

- atraso mental por causa de uma malformação durante a gravidez, ou nascimento prematuro.

d) Sobre o pessoal médico envolvido:

- estados patológicos que se manifestam em diversas formas de angústia, sentimento de culpa, depressão, tanto nos médicos quanto no pessoal auxiliar, por causa da violência contra a consciência.

Os abortos desmoralizam profissionalmente o pessoal médico envolvido, porque a profissão do médico é a de salvar a vida, não de destruí-la.

Conseqüências sociais

O relacionamento interpessoal, freqüentemente, fica comprometido depois do aborto provocado.

a) Entre os esposos ou futuros esposos:

- antes do matrimônio: muitos jovens perdem a estima pela jovem que abortou, diminuindo a possibilidade de casamento;

- depois do casamento: hostilidade do marido contra a mulher, se não foi consultado sobre o aborto; hostilidade da mulher contra o marido, se foi obrigada a abortar.

O relacionamento dos esposos pode ficar profundamente comprometido.

É evidente que as conseqüências, a longo prazo, sobre a saúde da mãe podem complicar seriamente a estabilidade familiar.

b) Entre a mãe e os filhos:

- muitas mulheres temem a reação dos filhos por causa do aborto provocado;

- perigo de filhos prematuros e excepcionais, com todos os problemas que isso representa para a família e a sociedade.

c) Sobre os médicos

- sobre os médicos que praticam o aborto fora de um centro autorizado: correm o perigo de serem denunciados. Todos, em geral, estão sujeitos a denúncias por descuidos ou negligências na prática do aborto.

d) Sobre os médicos e o pessoal de saúde envolvidos em abortos legais:

- possibilidade de perda de emprego se negarem a praticar aborto por questão de consciência;

- possibilidade de sobrecarga de trabalho, por causa do aumento do número de abortos.

e) Sobre a sociedade em geral:

1. Sobrecarga fiscal sobre os cidadãos que pagam impostos:

- aborto pago pela previdência social;

- preço pago por crianças que nascem com defeitos em conseqüência de abortos provocados.

2. Relaxamento das responsabilidades específicas da paternidade e da maternidade; o aborto, com freqüência, substitui o anticoncepcional.

3. Tendência ao aumento de todo tipo de violência, sobretudo contra os mais fracos. Conseqüência: infanticídio e eutanásia.

4. Aumento das doenças psicológicas no âmbito de um setor importante para a sociedade, particularmente entre as mulheres de idade madura e entre os jovens.

5. Aumento considerável do número de pessoas com defeitos físicos ou psíquicos, com todas as conseqüências que isso significa para a sociedade em geral.

 

Fonte: http://providafamilia.org/doc.php?doc=doc80915

Autor:

Data: 23/03/2011
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